Clima e hospitalidade fazem crescer procura por intercâmbio na Austrália

Busca por cursos no país tem crescimento de 25%, segundo consulado.Visto permite que estudantes trabalhem 20 horas por semana.

Daniella Clark Do G1, no Rio

As praias, o clima parecido com o do Brasil e o povo hospitaleiro são alguns dos predicados que vêm fazendo com que cada vez mais jovens interessados em intercâmbio escolham a Austrália como destino. Segundo o consulado do país, de 2006 para 2007, a procura de brasileiros por esses cursos cresceu 45%. De 2007 para 2008, o aumento foi de 25%, percentual que deve se manter este ano.



Mas se engana quem pensa que só de sombra e água fresca vivem os estudantes: o visto permite 20 horas de trabalho semanais, o que ajuda muitos a se manterem por lá.

“Eu escolhi a Austrália por muitos motivos: o clima, parecido com o do Brasil, a economia, a política que funciona nesse país, a fama do povo acolhedor e receptivo dos australianos e a boa oferta de emprego daqui. Além de estudar, eu também tenho autorização para trabalhar 20 horas semanais e me manter”, conta Daniella Orosco, por e-mail. Ela está estudando inglês na cidade de Gold Coast, uma das mais procuradas, além de Sydney.
“Costumo chamar a Austrália do país das oportunidades, o povo te recepciona muito bem, te ajuda com a língua. O clima aqui é digno de se sentir em casa”, completa.

 
 




Daniella Orosco em Byron Bay, praia
 próxima a Gold Coast, cidade
onde cursa inglês
(Foto: Arquivo Pessoal)

Semelhança com o Brasil


Segundo Priscila Trevisan, representante do departamento de educação do Consulado da Austrália no Brasil, há cerca de oito anos o país ainda era visto como um destino exótico. Partiu do governo um esforço de firmar a Austrália como destino educacional.


“Hoje é um destino que as pessoas conhecem, procuram. Os fatores que a gente identifica como atrativos para o estudante brasileiro são a qualidade da educação, a facilidade de se adaptar no país, pela semelhança com o Brasil, e o estilo de vida, o clima. São nacionalidades que se dão muito bem. Tudo isso somado atrai muitos brasileiros”, explica.

Ela conta ser comum o estudante viajar para passar quatro meses no país e acabar ficando um ou até dois anos. Desde que cursando cursos diferenciados:

“O visto é pela duração do curso. A pessoa pode fazer seis meses de inglês e depois optar por uma pós. Mas se quiser fazer três anos de curso de inglês o departamento de migração vai dizer que há algo errado...”.

                                                    
Cresce procura por universidades
A maioria opta por cursos de inglês e de ensino tecnológico, mas vem crescendo a procura também pelo high school e pelas universidades, com cursos de graduação, mestrado e especialização.

“Para o high school, os pais estão percebendo que as escolas são voltadas para o desenvolvimento das habilidades do estudante. Tem uma gama muito grande de matérias e o jovem acaba descobrindo sua vocação”, explica Daniela Odin, diretora do Student Travel Bureau (STB) Pacific. “Já a universidade é um segmento que está crescendo. Não é o principal, mas tem aumentado a procura”.



Flavio Tanamati, que está
na Austrália fazendo curso de
inglês, dá seu conselho: Se
planeje bem (Foto: Arquivo Pessoal)


Enquanto os cursos de inglês custam entre 200 e 400 dólares australianos (entre R$ 310 e R$ 620 por semana. Já o custo de um curso técnico fica entre dois mil e oito mil dólares australianos por semestre (entre R$ 3.110 e R$ 12.430). Já um curso numa universidade fica entre seis mil e 12 mil dólares australianos (de R$ 9.328 a R$ 18.655) o semestre, enquanto o high school sai por uma média de 15 mil dólares (R$ 23.319) o semestre, incluindo acomodação.


Acomodação em casa de família e depois, aluguel

Os valores – com exceção do high school – não incluem acomodação. Mas, segundo Daniela, a estadia em casa de família sai de 200 a 250 dólares australianos (entre R$ 310 e 380) por semana. Muitos brasileiros ficam em casa de família por até um mês e depois optam por alugar ou dividir um apartamento.


“Minha dica é tentar ficar o menor tempo possível em casa de família, pois são caras e, na maioria dos casos, é somente pura ilusão de que você vai falar mais inglês. Em muitos casos você pode dividir uma casa até mesmo com nativos (quero dizer, pessoas que têm o inglês como primeira língua), pagando muito menos e fazendo amizades que talvez durem para a vida toda”, aconselha o estudante Flavio Tanamati, de 27 anos, por e-mail, da Austrália, onde aportou depois de passar quase dois anos no Japão.







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