Japoneses são pioneiros no estudo da nanotecnologia

Por lá, o mundo em miniatura já ajuda na hora de se barbear e de ver TV, por exemplo. Conheça uma televisão que dobra.

Roberto Kovalick
e Katsumi Suzuki
Tóquio




Parece ficção científica, mas já é realidade - pelo menos no Japão. Uma televisão que dobra. É tão fina quanto uma folha de papel. Tão pequena que cabe na palma da mão, dá até para levar no bolso.


Sabe como os cientistas conseguiram isso? Com nanotecnologia. Os japoneses são pioneiros no estudo do mundo invisível. Por lá, os produtos nano já estão na prateleira.


No Japão, leva pouco tempo para um produto sair da imaginação para a prateleira. O nano já está bem à mostra, para atrair o consumidor. Virou uma obsessão para empresas japonesas, um jeito de dizer “o nosso produto faz coisas que o da concorrência não faz”.


O umidificador, segundo o fabricante, limpa a sujeira do rosto e as marcas do tempo. O vendedor explica que as nanopartículas penetram profundamente na pele, que fica mais jovem e a nossa aparência também.
A pasta de dente nano pode evitar algumas idas ao dentista. O esmalte dos nossos dentes contém um mineral chamado hidroxiapatita, que se deteriora pela ação das bactérias. A pasta possuiu a mesma substância em escala nano e tapa as fissuras no esmalte, antes que se transformem em cárie.


Um hospital de Tóquio já oferece para os pacientes outra novidade da miniaturização. É o comprimido-câmera. O doutor Nobuyuki Matsuhashi mostra como funciona: depois de engolir a pílula o paciente veste um colete, que armazena as imagens. Sensores captam as imagens transmitidas pela câmera, que depois de três dias é expelida pelo organismo.


O doutor Matsuhashi diz que a análise das fotos permite, por exemplo, o diagnóstico de alguns tipos de câncer que passariam despercebidos nos exames tradicionais.


No Japão, já está à venda a televisão do futuro. Não se decepcione com o tamanho. Outros modelos maiores vão chegar nos próximos anos. A grande qualidade não está na altura, nem no comprimento, mas na largura. A tela tem três milímetros de largura, é pouco mais grossa que uma moeda.


A qualidade da imagem é simplesmente especular. A mesma empresa está desenvolvendo um modelo ainda mais fino, de menos de um milímetro. Por enquanto, o aparelho não é capaz de reproduzir imagens em movimento e não saiu do laboratório.


Do jeito que são os japoneses, esta TV daqui a pouco estará nas lojas, pronta para ser dobrada e levada para casa.

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